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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

ARDIGO, João Manoel. Quando as dificuldades trazem a solução, pois a vida continua....
Londrina: Tuicial, 2007.110 p.

“Em 1989, cometi a maior “burrada” de minha vida. Com 17 anos achava que sabia tudo sobre a vida e, levado pelo sonho da maioria dos jovens da minha idade, queria ser jogador de futebol.”

É assim que começa o livro Quando as dificuldades trazem a solução, pois a vida continua..., de João Manoel Ardigo (Editora Tuicial, 2007), jovem escritor que, atualmente, cursa o segundo ano de Letras em uma Faculdade no interior do Paraná. Bom, o personagem central e narrador de livro é um rapaz, vivendo numa cidadezinha do interior paranaense. Notou alguma similaridade entre a vida e a obra, leitor? Isso mesmo. Como diriam os letreiros das novelas e filmes, só que neste caso ao avesso: qualquer semelhança com a realidade NÃO é mera coincidência!
É verdade! João Manoel relata a sua experiência escolar após um acidente que lhe tirou a capacidade de andar. De fato, ele ficou tetraplégico, mas, numa reação muito inteligente, em curto espaço de tempo viu que teria de se adaptar. Ora bolas, adaptou-se! E passou a contar suas aventuras! Olhe, mas só vale a pena ler se você for um leitor corajoso. Um leitor (sim, pode mesmo ser uma leitora...) que tenha a coragem de reconhecer a coragem do João e até de reconhecer-se, às vezes, no João e pensar a vida através da vida do João. Porque ele nos dá lições....
Quando as dificuldades trazem a solução mostra que, na escola, tantas emoções retornaram... e se você achar que são emoções não vividas a seu tempo, não terá compreendido a verdadeira lição da sua jornada: ele viveu as emoções no tempo certo, o tempo que possuía, o tempo presente, o tempo em que poderia saboreá-las. Mania estranha essa a nossa de ficar achando que isso ou aquilo já devia ter acontecido ou não devia ter acontecido, não é?
Numa linguagem simples, como se estivesse contando um “causo” para os vizinhos, João relata o motivo pelo qual voltou a estudar, o interesse renovado pelo conhecimento, as paqueras, o relacionamento com os amigos, as dificuldades de alguém que, estando adolescente, precisava depender de outros para se sair bem no cotidiano escolar.
A coragem desse rapaz, autor de sua história de vida, a própria vivacidade com que conta essa história e o modo como transforma trechos quase dramáticos em solene agradecimento por estar vivo são coisas que merecem ser (re)conhecidas.

P.S.: João Manoel também escreveu o livro E a vida continua..., no qual relata o acidente e as novas necessidades com as quais passou a conviver. Claro que vale a pena ler! Mas falo dele um outro dia, ok? Você enconra o João no ORKUT!

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